quinta-feira, 27 de abril de 2017

Eleições da transparência



Histórias de hoje na “Angola é nossa” de ontem, enviadas, talvez com carinho, talvez com um sorriso, por João Sena, através de email.
Nacos soberbos de prosa, tão válida como outra qualquer, - e igualmente inútil - que servirão eventualmente para nos libertarmos de momento das Marine Le Pen e dos Donald Trump da nossa perdição e entretenimento diário, e regressarmos aos que foram nossos e afinal amámos e deixámos entregues a si próprios, nas tropelias ambiciosas com que os mais espertos conseguem sempre favorecer-se, cá como lá. Deixemo-los nas ficções do seu envolvimento, nos arrazoados dificilmente entendidos, apesar de bem intencionados das suas pretensões. Há um que sai, ao que afirma, mas deixa afilhado. E cada um irá estrebuchando, agarrado a valores, agarrado a palavras que flutuarão e cairão como chuva de confetti, sobre as cabeças curiosas ou resignadas, em breve amassados no chão das indiferenças e da continuidade. O mundo continuará rolando, na graça e na desgraça. E por isso, as palavras da canção, que já pertenceu ao patriotismo português, poderão sempre aplicar-se com igual garra aos angolanos de hoje, com o mesmo brio lutando pelos seus direitos. Porque o resto… são sempre cantigas…
Angola é nossa gritarei
É carne, é sangue da nossa grei
Sem hesitar, p'ra defender
É pelejar até vencer

A RAZÃO DE ISAAC DOS ANJOS
A EMENDA PIOR QUE O SONETO
O maior problema de Angola não é Cabinda, mas sim Benguela. Benguela tem donos… são todos aqueles que se sentem benguelenses! Benguela é essencialmente, desde os tempos remotos, uma cidade bairrista. Basta olhar para a história colonial portuguesa, do tempo de Manuel Cerveira Pereira e após a independência de Angola, para concluir que Benguela sempre foi uma cidade de luta permanente, de revolta, do contra, de vontade própria, de integração social, de famílias e de histórias. Tal como o Porto em Portugal, Barcelona em Espanha, Nice em França e a Beira em Moçambique, Benguela foi sempre assim… Bairrista e ganhadora. Benguela é a única cidade em Angola bairrista que produz benguelenses. Todavia, não é possível governar Benguela sem se sentir de corpo e alma benguelense
O Isaac dos Anjos, governador da província de Benguela não é benguelense, como se diz à  boca pequena, pode ser considerado um infiltrado identificado em Benguela.
Não tem sentido de Estado, de responsabilidade e com muita facilidade se despe da sua função ou cargo e se coloca na condição de cidadão comum. É absurdo o governador de Benguela dizer que os benguelenses são intriguistas, fofoqueiros donos do seu próprio espaço (verdade) e que dorme tranquilo. É absurdo ver Isaac dos Anjos, manobrar para abafar os seus interesses que são contrários aos de Benguela.
Isaac dos Anjosgovernador da província de Benguela e 1º Secretário do MPLA, deveria se lembrar de que seu maior parceiro é o povo de Benguela que o elegeu, no conjunto. Nas próximas eleições, previstas para Agosto/Setembro, será óptimo que o povo se esqueça desta parceria.
Isaac dos Anjos, tornou-se um desconhecido, não mais a pessoa em que Benguela também votou e depois depositou suas esperanças.
A sua indiferença e o desprezo está a alcançar patamares superiores e não imaginados por Kundy Payhama e sua Trupe.

EM BENGUELA O MPLA PEGOU FOGO – FOGO POSTO
Em plena reunião do Comité Provincial do MPLA, quarta-feira, dia 07 de Abril de 2017, a crise política atingiu o seu ponto extremo e o risco do MPLA esboroar-se aumentou substancialmente perante os olhares impotentes dos presentes.
Aderito Areias arregaçou as mangas e explicou direitinho a Isaac dos Anjos o que tinha, há muito, entalado na sua garganta. A briga foi muito feia. No centro do debate bem aceso, com a plateia a aplaudir, estavam as fofocas e as intrigas dos benguelenses proferidas pelo governador Isaac dos Anjos em vários fóruns. Aderito Areias expôs sem medo e com clara independência o lamentável estado de Benguela, a humilhação à qual os benguelenses estão sujeitos e a importância e necessidade de Isaac dos Anjos se retratar perante um povo guerreiro. Confusão total instalada, com Carlos Vasconcelos “Cacá” a tentar pôr ordem no circo. Deveras humilhante e desprestigiante para Isaac dos Anjos. Mas ficou claro que Isaac dos Anjos não goza de apoio no seio do partido.Demita-se Isaac dos Anjos!!! Pois, tem muito mais a ver com a sua natureza. Não foi capaz de o fazer (com justa razão) aquando da reunião sobre a Lei de Terra, realizada em Luanda, com a presença de todos os membros do Governo, quadros intermédios e sobas, mas fá-lo-á certamente agora, por duas razões: foi confrontado e humilhado por todos os membros presentes na reunião do Comité Provincial e segundo, não morre de amores por João Lourenço, cabeça de lista do MPLA para as eleições de Agosto/Setembro de 2017. Mais uma vez o MPLA vai perder em Benguela, a favor da UNITA e da CASA-CE, sem esquecer, obviamente, o elevado nível de absentismo
Este não é um bom tempo para Isaac dos Anjos e os seus comandados. É muito difícil reagir em situações assim, mas o Isaac dos Anjos escolheu o pior caminho. Existe uma história que não se poderia suspeitar fosse uma característica presente entre seus principais chefes.
Benguela há muito que mudou. Os benguelenses não querem ficar mais à mercê dos desmandos de sucessivos governantes.
Precisamos continuar acreditar em Benguela com todos os benguelenses de Benguela. Proceder de forma correcta, diz respeito ao proceder de toda uma vida de dedicação incansável à causa pública e aos elevados interesses desta Benguela.
Isaac dos Anjos, apesar de tudo, tem carácter.
Francisco Rasgado / Babalada

RECADOS AO CHEFE!
Afinal muito se disse com relação ao Estado da Nação, e que caminhos trilhar para devolver o sonho e a esperança de um Povo, na plena conquista da irradiação da pobreza, da felicidade e do bem estar e da justiça social, elegendo como pilares a Saúde e a Educação, sem dispensar o efémero combate à corrupção.
Todos estes aspectos, implicariam uma serena discussão e a abordagem da vitalidade da nossa democracia, do Estado de direito e do compromisso escrupuloso em cumprir e fazer cumprir a lei e a constituição.
Neste momento da viragem, tudo o que ouvimos do Cabeça de Lista, no essencial, satisfaz e agrada cabalmente quase que a maioria, pois vai de encontro ao corrigir o que vai mal, e da despartidarização da sociedade, dos excessos de poder centralizados, da ausência de supervisão e de responsabilização civil, e da separação dos poderes, da exaltação do mérito e da competência e do fomento das oportunidades, do esbater das desigualdades e dos desequilíbrios da distribuição da riqueza, e relança igualmente com premência a importância do poder regional ou das autárquicas.
Contudo e se nos lembrarmos de alguma forma, tudo ficou amarrado, isto num jargão popular, pois  na nossa idílica aposta/consulta através dos não menos célebres e por vezes opacos comitês de especialidade, que putativamente, ao invés de com perspicácia procurarem ter dado subsídios coerentes e pertinentes ao poder executivo, fez-nos desaguar neste labirinto em que nos deparamos, não resistindo também eles na sua génese, no descaminho do clientelismo e de contribuições avessas ao primado da noção tecnológica e de competência, e ferindo a expressão soberba e impoluta das especialidades que encerravam.
Portanto, hoje, a pergunta será saber se, e apenas, do digníssimo Cabeça de Lista e sua distinta equipa, se socorrerão em exclusivo do envolvimento e subsídios dos diferentes comités, ou se nesta nova roupagem e dinamismo que emprestam na esperança de mudança, estarão com mestria aptos e disponíveis, para que de forma desinibida, e descomprometida, os diferentes grupos de especialistas Nacionais, e desde logo com genuína anuência para considerar estes outros também válidos, e com reconhecido sentido patriótico e de estado, (sendo muitos igualmente e sabidamente do MPLA) e assim sectorialmente e na dinâmica deste processo, ter um marco relevante e de afirmação positiva, convindo uma abordagem responsável, ao estarem em posse de uma radiografia consentânea e mais fidedigna no plano efectivo das valências e das capacidades técnicas, que em boa verdade o País,  afinal de algum modo sempre possuiu, ainda que por vezes sonegado, e propositadamente destratado, no entanto, (diante de vontade política), e sempre que convenientemente motivado e valorizado, poderá ajudar a transformar e a desbloquear e a atingir este desiderato, que irá corresponderà à plena satisfação e integração dos níveis de desenvolvimento e de progresso humano e social.
Por último, e na confirmação de um tema referido em destaque nas linhas de força, no caso, o Turismo, que nos parece e se afigura igualmente caro na apreciação para um grupo de especialistas, nos quais se enquadram os pilotos e profissionais do fórum aeronáutico, pelas múltiplas razões de natureza e do conhecimento, desde o integral domínio e noção geográfica e do cadastro, e das tendências e das leituras do fluxo das migrações e das trocas comerciais de bens e serviços, quer no âmbito nacional, regional e internacional, e dos pontos de estrangulamento na visão já experimentada e dos processos actuais, e de outros interesses fulcrais, no quadro da atracção, e do incentivo e de exploração desta fonte moderna de renda, na balança de pagamentos dos países.
Osvaldo Mendes 
O OUTRO LADO DA POLÍTICA…
E PORQUE NÃO?
B.D – Bloco Democrático, sólido e mais esclarecido na briga por um espaço no cenário político angolano, está empenhado na recuperação do espaço conquistado nas primeiras eleições de 1992.
É no Bloco Democráticoque todos se lembram quando é preciso um perfil de excelência para o país! Desde que Angola ascendeu à independência de forma abrupta que o país começou a divergir internamente, precisando, obviamente de justiça e estabilidade política.  Passados 40 anos de desgovernação – ausência de respeito pelo próximo, desigualdade, niilismo, corrupção, utilização abusiva do erário público – estão criadas as condições objectivas e subjectivas para que haja uma correlação directa entre a instabilidade política e o crescimento. O cenário político angolano está claro, admitindo nos próximos tempos a existência de apenas três fortes partidos, nomeadamente MPLA,UNITA e CASA – CE que irá obviamente, evoluir com o consentimento dos pequenos partidos integrantes, em partido uno. Porém, não anulamos a possibilidade de cisão ou fraccionismo no interior dos partidos mencionados, assim como, admitimos a aproximação da CASA-CE e do Bloco Democrático, que faria deles uma força política com maior representatividade e mais elegível. Não obstante, o resquício tribal e niilismo encobertos da CASA-CE, o Bloco Democrático integraria a mesma, pois, a primeira é portadora de maior grandeza e assentos no Parlamento; a segunda é portadora de uma grande carga intelectual e de um traquejo político que a primeira não pode desperdiçar ou desprezar. A confirmar-se, só o país ganharia. Qualquer quarta força no cenário político angolano será residual.
Francisco Rasgado / Babalada

Jornal ChelaPres
A MÃE DE BENGUELA
Esperança Lima Coelho de Vilhena, carinhosamente conhecida por “panchita” morreu em Benguela, no dia 25 de Março de 2017, justamente no dia do seu aniversário natalício, e foi a enterrar no dia 28 de Março de 2017, no cemitério da Camunda. O seu soberbo e exuberante funeral foi marcado por uma pléiade de familiares e amigos provenientes de várias latitudes, que fizeram questão de prestar a última homenagem àquela que foi em vida a Mãe de Benguela. Foram várias as instituições do Estado angolano e da sociedade civil benguelense que perante o corpo de Esperança Lima Coelho e na presença de Eduarda Silvestre Magalhães e do seu filho maior, Matias Lima Coelho “General N’Zumby” homenagearam com mensagens de solidariedade e condolências à malograda.
ELOGIO FÚNEBRE
“O MEU AMOR DA RUA 11”
A MAIOR DE TODOS
Há um cartoon que mostra a chegada de Esperança Lima Coelho de Vilhena ao céu, justificando a sua morte, no sábado passado, dia 25 de Março, depois de 89 anos de vida (feitos no dia da sua morte).
À frente de um desenho do mundo, diz Deus: “vou acabar com tudo no dia 25… Quero que você faça um novo projecto”. Desenhar um novo mundo, mais bonito e solidário, com aqueles traços e curvas que deixou espalhados pela cidade de S. Filipe de Benguela. Mas, sobretudo, tentar inventar um sítio melhor para vivermos, porque, como nunca se cansou de repetir, “o mais importante não é o cargo político, empresarial ou governamental, mas a vida, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar”.
Não foi difícil, depois da morte de Esperança Lima Coelho de Vilhena, encontrar citações fortes. Era assim Esperança Lima Coelho de Vilhena, natural do Bairro Benfica, berço da intelectualidade benguelense,nascida aos 25 de Março de 1928, filha de Tomás Lima Coelho e de Júlia,símbolo de humanidade e humanismo, Mãe das mães de Benguela, Mãe de metade dos filhos da cidade de S. Filipe de Benguela e madrinha de outra metade, Musa do poeta maior de Benguela – Aires de Almeida Santos, A mulata mais bonita e cobiçada de Benguela antiga, são alguns títulos atribuídos a Esperança Lima Coelho de Vilhena. Para a história, era uma humanista e solidária da melhor estirpe. Entre os inúmeros gestos de solidariedade de Esperança Lima Coelho está a adopção de dezenas de filhos, sobrinhos, netos e a ajuda a várias famílias humildes de Benguela.
Há digitais de Esperança Lima Coelho espalhados por algumas acções mais nobres nas últimas décadas coloniais, como a adopção de Matias Lima Coelho “general N’Zumby”, ascendência completa de seu irmão “Caniço”, o baptismo de Asdrubal Costa, Francisco Rasgado, Eduarda Silvestre Magalhães, Dionísio Rocha, Carla Ramos Williams, Maria Rasgado, Carlos Lamartine, Gregório Mulato, Vate Costa, Gabriel Filipe Amado, Adelaide Rasgado, Mário Leite e tantos outros.
A sua grandeza, incontornável no quadro do crescimento de Benguela, faz com que ela seja recordada com uma estátua e uma rua com o seu nome.
Que a sua alma descanse em paz e o seu nome presente na vida de todos os benguelenses.
Benguela aos 28 de Março de 2017
A Família  





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