Não importam essas verdades históricas, que Vasco Pulido Valente tão bem resume, de uma nação
que foi ocupada e naturalmente perdeu vitalidade, tal como nós perdemos a nossa
nos 60 anos de ocupação filipina. Não é para desprezar, é para admirar sempre,
depois de lamentar. A França ergueu-se, tant bien que mal e continua a
esforçar-se, tant bien que mal. Mas o facho que ela representa na orientação
de tantos povos, esse ninguém o extinguirá nunca. Ainda que fique só para a
história, como farol orientador dos caminhos, como o foram as civilizações
grega e latina, a pontuar os tempos seguintes. Da França vieram escolas
literárias e artísticas, mas veio sobretudo um pensamento gradualmente
desenvolto, que culminaria numa revolução, em que a generosidade da filosofia
que a motivou descambaria em crueldades gratuitas dos ódios feitos de ambições
e invejas. Mas as ideias - justas e generosas - permaneceram, e hoje são
pertença universal, pese embora o sentimento de desgosto por um ensino nosso,
para quem o francês - como o latim ou o grego - deixaram quase de embaraçar os currículos
escolares.
Quanto a Marine Le Pen, será que ela não terá
alguma razão ao procurar defender o seu país contra a penetração cada vez mais
acintosa de povos doutras religiões e culturas que naturalmente irão destruindo
a tessitura das suas, caso não surja um volte-face numa Europa hipocritamente
generosa no acolhimento de seres que se vão impondo avassaladoramente e
aterrorizando e sujando e destruindo? E construindo mesquitas… É o
que diz um email que me foi enviado por João Sena, sobre as centenas e
até milhares de mesquitas existentes só em França.
Penso no país onde colhemos tanto do que fomos e ainda
somos. Eça já o dizia no seu longo artigo “O Francesismo”, onde ele
próprio se repoltreou - mas não só - a beber do seu leite criativo. Por isso,
nunca poderia pensar numa França humilhada. Para mim, a França é toda a graça e
harmonia dos seus escritores e dos seus pintores, de todo um povo que fez de
Paris uma cidade tão inteligentemente e harmoniosamente estruturada, nos seus
tons cinzentos de firmeza e equilíbrio, onde nada parece destoar, como ainda há
pouco pude constatar com a série de imagens que dela recebi por email.
1º Texto: Diário de Vasco Pulido Valente
A humilhação da França
OBSERVADOR, 30/4/2017
… hopes expire of a
low dishonest decade… (W. A.
Auden)
Se a sra. Le Pen ganhasse, seria uma catástrofe para
Portugal, que vive do Euro e do BCE. Mas por isso mesmo
talvez seja bom compreender os franceses que votaram nela e muitos que não
votaram. Não basta chamar à criatura racista, xenófoba e autoritária por
muito que seja bom desabafar. O problema essencial da França vai para além
disso: é, como diz Le Pen, um problema de identidade. Explicando por
partes e não indo muito atrás para não complicar as cabeças; a França sempre
se considerou “a Grande Nação”, o centro da Europa e do mundo. Mas,
militar e politicamente, há muito tempo que se tornou numa potência de 2ª.
classe, que não intimidava ninguém. A Alemanha invadiu a França três
vezes de 1870 a 1940 e só não tomou conta de tudo da segunda vez, em 1914-1918,
por obra e graça da Inglaterra e da América. A invasão nazi foi a pior,
com o efectivo fim do exército francês e quatro anos de colaboracionismo e
ocupação. A insistência de de Gaulle conseguiu que a França figurasse – e
figurar é a palavra – nas negociações e na vitória, mas toda a gente percebeu
que se tratava de uma fraude para salvar o orgulho da França. E, em nome
desse mesmo orgulho, de Gaulle também criou o mito de que a nação inteira
unanimemente resistira (quando ela quase unanimemente colaborara) e que a
resistência fora geral quando ela fora episódica e rara e só agira com algum
efeito depois do desembarque aliado na Normandia em 1944.
O
Francês tinha sido durante séculos a língua da diplomacia, da boa sociedade e
do bom gosto. A seguir à II Guerra, o Inglês substituiu o
Francês e acabou por se tornar a língua franca do mundo inteiro. Paris
era o centro cultural do Ocidente: lá nasciam ou de lá chegavam a grande
literatura, a grande pintura, a grande filosofia e o pensamento político da
moda. Mesmo nós, nesta aldeia, tivemos de sofrer o existencialismo, o
neo-marxismo, o freudo-marxismo e as várias tendências do estruturalismo. Na
minha geração, era obrigatória uma visita a Paris por volta dos vinte anos.
Hoje essa peregrinação é a Nova York.
O
que ficou à França da sua antiga “grandeza”? Como se reconhece o patriota
médio, nesse país endividado, fraco, na prática submetido à autoridade
financeira da Alemanha e há dezoito meses em Estado de alerta por causa de uma
série de atentados terroristas? Não se reconhece; e o “chauvinismo” francês,
que continua tão vivo e violento como de costume, abafa de cólera.
A
sra. Le Pen não irá provavelmente ganhar. Mas ganhe ou não, a
desforra da presente humilhação da França, essa, é mais do que certa.
«2º Texto: Situação em França que merece reflexão ....
Atentem bem neste número. 2.248
mesquitas !! E leiam o que se segue ... Depois admiram-se de surgirem movimentos extremistas como
a FN .
A
conquista da França ???
Alsácia
67 - Bajo
Rhin (43 mesquitas) 68
- Alto Rhin (34 mesquitas)
Aquitânia
24 - Dordogne (6
mesquitas) 33 - Gironde (31
mesquitas) 40 - Landas (2 mesquitas) 47 - Lot y Garona (18 mesquitas) 64 - Pirenéus Atlânticos (5 mesquitas)
Auvernia
03 - Allier (13
mesquitas) 15 - Cantal (2 mesquitas) 43
- Alto Loire (3 mesquitas) 63 - Puy de-Dôme (27 mesquitas)
Baixa Normandía
14 - Calvados (8 mesquitas) 50
- La
Mancha (7 mesquitas) 61 - Orne (10 mesquitas)
Borgonha
21 - Costa de Oro (21 mesquitas) 58
- Nievre (5 mesquitas) 71 - Saône-et-Loire (21 mesquitas) 89
- Yonne (17 mesquitas)
Bretanha
22 - Costas de Armor (3 mesquitas) 29 - Finisterre (7 mesquitas) 35 - Ille-et-Vilaine (10 mesquitas) 56 - Morbihan (10 mesquitas)
Centro
18 - Cher (9
mesquitas) 28 - Eure e Loir (17 mesquitas) 36
- Indre (2 mesquitas)
37 - Indre e Loire (9 mesquitas) 41
- Loir e Cher (8 mesquitas) 45 - Loiret (29 mesquitas)
Champanha-Ardenos
08 - Ardenas (11 mesquitas) 10
- Aube (23 mesquitas) 51
- Marne (22 mezquitas) 52
- Alto Marne (12 mesquitas)
Córsega
2A - Córsega do Sul (8 mesquitas) 2B
- Alta Córsega (8 mesquitas)
Condado Franco
25 - Doubs (27
mesquitas) 39 - Jura (15 mesquitas) 70
- Alta Saboia (12 mesquitas) 90 - Territorio de Belfort (8 mesquitas)
Alta Normandía
27 - Eure (26 mesquitas) 76
- Sena Marítimo (35 mesquitas)
Ilha de França
75 - Paris (60
mesquitas) 77 - Sena e Marne (64 mesquitas) 78
- Yvelines (68 mesquitas 91 - Essonne
(40 mesquitas) 92 - Altos de Sena (51 mesquitas) 93
- Sena Saint-Denis (146 mesquitas)
94 - Valle do Marne (66
mesquitas)
95 - Valle do Oise (88 mesquitas)
Languedoc-Roselhlón
11 - Aude (19 mesquitas) 30
- Gard (32 mesquitas) 34 - Hérault (41 mesquitas) 48
- Lozère (2 mesquitas) 66 - Pirenéus Orientais (22 mesquitas)
Limousin
19 - Corrèze (7 mesquitas) 23
- Creuse (4 mesquitas) 87 - Alta Viena (10 mesquitas)
Lorena
54 - Meurthe e Moselle (35 mesquitas) 55
- Meuse (19 mesquitas) 57
- Moselle (48 mesquitas)
88 - Vosgos (18 mesquitas)
Pirenéus médios
09 - Ariege (8 mesquitas) 12
- Aveyron (5 mesquitas) 31 - Alta Garona (25 mesquitas) 32
- Gers (8 mesquitas) 46 - Lote (4 mesquitas) 65
- Altos Pirenéus (3 mesquitas) 81 - Tarn (13
mesquitas) 82 - Tarn e Garona (9 mesquitas)
Pas de Calais Norte
59 - Nord (103 mesquitas) 62
- Paso de Calais (39 mesquitas)
Regiões do Loir
44 - Loir Atlántico (19 mesquitas) 49
- Maine e Loir (12 mesquitas) 53 - Mayenne (4 mesquitas) 72
- Sarthe (11 mesquitas) 85
- Vendée (2 mesquitas)
Picardie
02 - Aisne (13
mesquitas) 60 - Oise (34
mesquitas)
80 - Somme (15
mesquitas)
Poisou-Charentes
16 - Charente (4
mesquitas) 17 - Charente Marítimo (5 mesquitas) 79
- Deux-Sevres (5 mesquitas) 86 - Viena (3 mesquitas)
Provença - Alpes -
Costa Azul
04 - Alpes da Alta Provença (7 mesquitas) 05
- Alpes Altos (0 Mesquita) 06 - Alpes Marítimos (42 mesquitas) 13
- Bouches-du-Rhône (98 mesquitas)
83 - Var (28 mesquitas) 84
- Vaucluse (32 mesquitas)
Rhône - Alpes
01 - Ain (38 mesquitas) 07 - Ardèche (15 mesquitas) 26
- Drôme (10 mesquitas) 38 - Isère (49 mesquitas) 42 - Loire (44 mesquitas) 69 - Rhône (82 mesquitas)
73 - Saboia (20 mesquitas) - Alta Saboia (38 mesquitas)
E depois dizem que não têm
mesquitas para fazer as suas orações.
Há um total de 2.248
mesquitas declaradas em França (e outras não declaradas).
França está a ser invadida
pouco a pouco e as igrejas cristãs estão a desaparecer»