Mandou-me o Ricardo. Para distrair das preocupações. Mas
não vejo o Ricardo no papel do baterista, apesar do título da sua anedota, que não
sei se é da sua lavra, julgo que não. Tem antes sabor a invenção inglesa, na
fleuma tranquila de uma atitude poderosamente maquiavélica e certeira de
maldade.
Mas acho graça que ao Ricardo cheguem sempre emails
destes, de malandrice bem urdida, a lembrar que há muita gente sagaz por este
mundo, a provar que le rire est le propre de l’Homme, na expressão de
Rabelais que se fartou de o fazer.
E chamas-me cínico...
|
Após a confirmação da
apresentação da banda para o final do mês, todos os músicos
foram convocados para os ensaios diários. Logo
nos primeiros dias, o líder do grupo começou a ficar preocupado com o grande
índice de absentismo dos músicos. O guitarrista não veio no primeiro dia. No
dia seguinte, o baixista faltou. E assim, a cada dia, faltava pelo menos um
músico: o pianista, o trompetista, depois o saxofonista e o líder ficava cada
vez mais preocupado.
Mas ele observou que o baterista
não faltou uma só vez.
O ensaio geral foi na véspera do
grande dia e o líder falou de sua preocupação em relação ao grande índice de
faltas. Ele só via mesmo com sentido de responsabilidade o baterista, que não
tinha faltado uma única vez pelo que lhe agradeceu pelo empenho constante.
- Era o mínimo que eu podia fazer
- disse o baterista. - Afinal de contas, amanhã eu não vou poder vir tocar.
P.S.: Afinal, o Ricardo mandou-me o nome da
dona do face-book onde colheu a anedota: Chama-se ALICE COUTINHO
e fica reposta a correcção. Quanto ao título, esse é mesmo da sua autoria, para
entrar na brincadeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário