terça-feira, 21 de março de 2017

A incógnita do amanhã



A incógnita do amanhã
Entre os mais diversos emails enviados por João Sena - Singapura, por exemplo, é um desses, de nos deixar siderados de espanto, por tanta modernidade, asseio, riqueza e beleza criadas pelo Homem - recebi também o que segue, não sei se da sua autoria, de recolha e escrita de frases retiradas de revistas femininas, que alguém, talvez ele próprio, se deu ao cuidado de compilar, para o seu texto humorístico. Resolvi transcrevê-lo, mesmo sem o encanto das bonitas imagens retiradas dos seus recortes glamorosos de revistas, e embora possa ofender muita mulher que se preze, ou provocar fictícios êxtases de adeptos masculinos do “Ó tempo, volta para trás”, de que o autor do texto se faz eco, a crónica sintética não deixa de merecer uma reflexão de seriedade, quando assistimos, hoje, a um registo social tão amplo de incontinência, de abandono das normas, de violência a vários níveis.
O artigo revela, nas frases femininas de aparência tonta e subserviente ao macho-rei, na realidade, toda uma arte muito subtil - bem inteligente - de atrair e enganar - no fundo manipular - o dono e senhor do espaço familiar. A figura feminina - rainha do lar - era bem a providência tutelar do seu mundo, que incluía o acompanhamento escolar dos filhos, num contexto ideal. Como tal, seria envolvida e protegida pelo homem praticante dos seus deveres de afecto e providência material a vários níveis, incluindo a gentileza dos seus presentes à mulher e aos filhos.


Nesse enquadramento de rigidez de princípios fundamentalistas onde o «O Amante de Lady Chatterley» de Lawrence, D. H. provocara escândalo, os livros das Dellys e Magalis preenchiam os horizontes literários de muita mocidade feminina, como escape de sensualidade e promoção desses preconceitos e idealismos matrimoniais próprios de uma sociedade machista.
O certo é que a emancipação feminina, com a igualdade estabelecida pelo emprego, a equiparação intelectual ou material da mulher, trouxe as consequências bem conhecidas dos tempos de hoje - um acréscimo de trabalho para a mulher, os filhos entregues mais cedo a instituições estatais, um maior equilíbrio na distribuição das tarefas familiares, aparentemente uma camaradagem mais sã entre os casais, ou entre esses e os formados com os divórcios facilitados, uma precocidade de ensinamento e entrega da rapariga adolescente que marcará muitas delas negativamente, o sexo humano banalizado - bestializado nas imagens de tantos filmes televisivos, na equiparação grotesca com a vida animal, desfazedora de tabus.
E nunca houve tanta brutalidade doméstica como hoje, neste país sorridente, trazida pela má formação e informação, homem e mulher reivindicando competências, sem comedimento e sem princípios morais, a hipocrisia das relações de outrora dando lugar a um confronto actual igualitário e sem classe, no desgaste frequente das relações entre os casais. 
«PORQUE NÃO HAVIA DIVÓRCIOS EM 1950?». Por ser tabu, decerto, então. Por se ser hoje mais livre de preconceito, também.

Assunto: PORQUE NÃO HAVIA DIVÓRCIOS EM 1950...

A todos e todas (aqueles e aquelas) que já esqueceram os felizes tempos em que homens eram homens e mulheres estavam no seu lugar, de Rainha do lar, aqui vai este relato que não deixaria nenhum “maometano” indiferente!

OS SAUDOSOS ANOS 50 E 60

Frases retiradas de REVISTAS FEMININAS das décadas de 50 e 60:

1ª-  “Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas". (Jornal das Moças, 1957)
2ª- "Se desconfiar de infidelidade do marido, a esposa deve redobrar os carinhos e provas de afecto, sem questioná-lo nunca".  (Revista Claudia, 1962)

Bons tempos...

3ª-“Desordem na casa de banho, desperta no marido vontade de ir tomar banho fora de casa". (Jornal das Moças, 1965)
4ª-"A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas". (Jornal das Moças, 1959)
5ª- "Se o seu marido fuma, não discuta pelo simples facto de deixar cair cinza no tapete. Espalhe cinzeiros por toda a casa". (Jornal das Moças, 1957)
6ª- "O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimónio. ELE é quem decide - sempre". (Revista Querida, 1953)

Vejam bem a alegria e o brilho nos olhos da esposa obediente. Uma verdadeira rainha do lar.

7ª- "Sempre que o marido sair com os amigos e chegar a altas horas da noite, espere-o linda, perfumada e dócil". (Jornal das Moças, 1958)
8ª- "É fundamental manter sempre uma aparência impecável diante do marido". (Jornal das Moças, 1957)
9ª - "A esposa deve vestir-se depois de casada, com a mesma elegância de solteira, pois é preciso lembrar-se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa." (Jornal das Moças, 1955)

E para terminar...a cereja em cima do bolo:

10ª-  "O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza". (Revista Querida, 1955)

CONCLUSÃO: Já não se editam revistas instrutivas como antigamente.

Manda para todas as tuas Amigas

Obs: Eu só não mandei para a minha mulher porque ela não gosta de recordar as coisas boas do passado.

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