quarta-feira, 27 de abril de 2016

«MEXICO»



Entre as disciplinas que o Bruno no seu sétimo ano tem que estudar, conta-se a música, que, tivesse ele tempo para a estudar convenientemente, se tornaria uma disciplina extremamente enriquecedora, iniciada pelos ritmos africanos, continuada pelos ritmos da América do Norte, do Centro e do Sul, pelos ritmos asiáticos, para nos próximos anos passar às músicas europeias. Referência às origens, aos instrumentos musicais, às influências recebidas - dos nativos, dos povos colonizadores, dos africanos inicialmente escravizados e posteriormente assimilados (ou quase), é um encanto ler essas histórias, complemento de outras aprendizagens que os exercícios propostos ajudam a fixar melhor e que a Internet oferece na variedade musical dos intérpretes antigos ou modernos.

E foi a propósito da rumba mexicana que o Bruno uma vez mais foi ao mapa situar o México e me lembrei de lhe mostrar a canção de Luís Mariano, tantas vezes ouvida nos meus tempos de menina e moça, levando-o simultaneamente a distinguir o francês “Mexique” referente ao país, de “Mexico”, a capital do país. Fi-lo escutar a música, transcrevo para ele a letra que lerei e traduzirei para ele amanhã, antes de o fazer escutar novamente a canção já seguindo a letra. O intuito é o de o fazer escutar um francês de entoação não muito correcta, embora, apenas para o motivar para o sentido da sua viagem por um francês de solavancos verbais ou gramaticais que não há meio de o entusiasmar para o seu estudo, mostrando-lhe como as línguas são expressões de mensagens, que, ouvidas musicalmente, se tornam mais aliciantes. Recordo o “Dominique, nique nique”, da Soeur Sourire, ou o “Au revoir” e o « Et maintenant” de Gilbert Bécaud, cujas letras tirei para os meus alunos, em audições repetidas, para lhes levar os textos que eles ouviam no pequeno gira-discos, sem a expressividade, é certo, com que vejo agora as imagens dos cantores e ouço essas melodias no “You Tube”, mas que permitiram aulas animadas e suponho que motivantes, naqueles anos sessenta, porque eram de maravilha esses artistas grandes, que transmitiam sentimentos fortes, como Bécaud, ou mesmo simplicidades e até puerilidades, que ficavam no ouvido e na alma, como o “Dominique nique nique” da Irmã Sorriso.

 Mas para mim foi tal o encanto de rever Luís Mariano, que não quero deixar de lhe gravar a letra, a música acompanhando-a na memória, reavivada agora pela repetição múltipla que a Internet comodamente possibilita:

MEXICO
Par Louis Mariano

On a chanté les Parisiennes,
Leurs petits nez et leurs chapeaux
On a chanté les Madrilènes
Qui vont aux arènes
Pour le toréro.

On prétend que les Norvégiennes,
Filles du Nord, ont le sang chaud
Et bien que les Américaines
Soient les souveraines
Du Monde Nouveau,

On oublie tout.
Sous le beau ciel de Mexico
On devient fou,
Au son des rythmes tropicaux...

Le seul désir qui vous entraîne
Dès qu'on a quitté le bateau,
C'est de goûter une semaine
L'aventure mexicaine
Au soleil de Mexico...

{Refrain:}
Mexico, Mexico...
Sous ton soleil qui chante,
Le temps paraît trop court
Pour goûter au bonheur de chaque jour
Mexico, Mexico...
Tes femmes sont ardentes
Et tu seras toujours
Le Paradis des cœurs
E de l’amour.

Une aventure mexicaine
Sous le soleil de Mexico,
Ça dure à peine une semaine,
Mais quelle semaine
Et quel crescendo...

Le premier soir on se promène,
On danse un tendre boléro,
Puis le deuxième on se déchaîne,
Plus rien ne vous freine,
On part au galop...

On oublie tout.
Sous le beau ciel de Mexico,
On devient fou,
Au son des rythmes tropicaux...

Si vous avez un jour la veine
De pouvoir prendre le bateau,
Allez goûter une semaine
L'aventure mexicaine
Au soleil de Mexico...

{Refrain:}
Mexico, Mexico...
Sous ton soleil qui chante,
Le temps paraît trop court
Pour goûter au bonheur de chaque jour
Mexico, Mexico...
Tes femmes sont charmantes
Et tu seras toujours
Le Paradis des cœurs
E de l’amour.

{Final:}
Mexico Mexico Mexico Mexico .

Tradução para o Bruno:
Já se cantaram as Parisienses
Os seus narizitos e os seus chapéus
Já se cantaram as Madrilenas
Que vão às arenas
Para ver o toureiro.

Pretende-se que as Norueguesas
Filhas do Norte têm o sangue quente
E embora as Americanas
Sejam soberanas
No Mundo Novo,

Tudo se esquece
Sob o belo céu do México.
Tudo enlouquece
Ao som dos ritmos tropicais.

O único desejo que te arrasta,
Quando abandonas o barco,
É viveres uma semana
Na aventura mexicana
Sob o sol do México.
Refrão
México México
Sob o teu céu que canta,
O tempo parece curto
Para saborear de cada dia o prazer.
México México,
As tuas mulheres são ardentes
E tu serás para sempre
O paraíso dos corações
E do amor.

Uma aventura mexicana
Não dura mais que uma semana.
Mas que semana
E que crescendo!...

Na primeira noite se passeia
Dança-se terno bolero.
Depois na segunda é um desenrolar
Ninguém te refreia
É só galopar…

Tudo se esquece
Sob o belo sol do México
Tudo enlouquece
Ao som dos ritmos tropicais.

E se um dia te der na veneta
Apanhar o barco e partir,
Vai viver uma semana
Na aventura mexicana
Sob o sol do México.
Refrão
México,  México,
Sob o teu sol que canta
O tempo parece curto
Para viver de cada dia o prazer.
México, México,
As tuas mulheres são charmosas
E tu serás para sempre
O paraíso
Dos corações e do amor.

México, México, México…

Nenhum comentário: