quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Não será nossa a culpa?




O artigo de Alberto Gonçalves, do DN de 30/11/14, Fim de regime?, vem, uma vez mais, mostrar a insanidade moral e mental em que nos movemos, permitindo estes espectáculos jornalísticos de raparigas e rapazes bonitinhos e falsamente delicados, e no fundo divertindo-se com a espécie de bobo em que se tornou um homem que, para todos os efeitos, durante longos anos, foi o representante mor de uma mudança política no seu país. Como zângãos  zumbindo e adejando, felizes, permitem-se desrespeitar a velhice, vaidosa, é certo, como sempre foi, manhosa e simplória como sempre foi também, mas neste momento, apenas descontrolada nos balbucios. É a prova cabal de um atraso social que nos vilipendia, este despudor inquiridor juntamente com a inanidade das questões postas, apelativas de reacções de emotividade e rancores.
Quanto ao título do artigo – Fim do regime? – julgo que Alberto Gonçalves se engana. Grande parte dos seus componentes têm cabeça e sabem defender-se, não se expondo às visitas, calando os seus pensamentos, conhecendo quanta patranha afectou os sucessivos governos na modernização do país, com os dinheiros alheios, e que fingem ignorar que a hora de pagar chegaria. E continuarão a defender os seus pretensos ideais democráticos.

Fim de regime?
por ALBERTO GONÇALVES, 30 novembro 2014
«Uma das principais queixas dos defensores não oficiais de José Sócrates é a de que a detenção deste - e o que sucedeu em seguida - foi um "circo mediático". A sério? Do que vi, e acreditem que vi muito, o "circo mediático" consistiu nas imagens recorrentes de dois ou três carros em ruas pouco iluminadas e de uma dúzia de repórteres plantados, género moita, nas imediações do TIC. Em matéria de espectáculo, há filmes romenos mais conseguidos. Se o objectivo fosse capturar, interrogar e prender José Sócrates em segredo a diferença não teria sido grande. Aliás, é difícil imaginarmos outra democracia em que notícia semelhante suscitasse tratamento tão discreto. A menos, como de resto é provável, que não sejam democráticos os exemplos que ocorram a essa gente.
O verdadeiro circo, se insistirem na metáfora, sucedeu já em Évora, quando Mário Soares saía de uma visita ao novo inquilino da cadeia local. Menos de um minuto, o patriarca do regime, que os histéricos alegam encontrar-se em risco, proferiu : puras mentiras, enormes disparates, sentenças absolutamente incompreensíveis, e acusações que levariam a tribunal um cidadão - lá está - menos “mediático”. Sendo o doutor Soares , o disparate é livre.
De João Marques de Almeida a Bruno Alves, algumas das pessoas que prezo entendem, julgo que sem ironia, que a provecta idade do Dr. Soares não devia ser aproveitada pelos jornalistas. Curiosamente, algumas pessoas que desprezo disseram o mesmo. Peço licença para discordar.
Faço ao Dr. Soares o favor de não achar que ele não sabe o que diz. Se os anos lhe removeram alguma capacidade foi a de não saber o que calar. Com a velhice perderam-se os filtros e a franqueza do homem, já historicamente razoável, tornou-se absoluta. Ou seja, o Dr. Soares limita-se a lançar pela boca, o que sempre lhe ocupou a cabeça: a convicção, partilhada justamente com a casta de uns quantos, de que manda nisto tudo. O confuso desespero revelado à porta de uma cadeia alentejana sugere o receio de que a casta talvez tenha deixado de mandar. Se é assim que o regime acaba, acaba mal. E ainda bem.»


Notícias da Segunda Guerra
1 de dezembro Hoje, 1 de dezembro/
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1934
¾     Josef Estaline dá início a uma purga de inimigos reais e imaginários O chefe do Partido Comunista em Leningrado, Sergei M. Kirov, é uma das pessoas assassinadas. 
1937
¾     O Japão reconhece o governo de Franco. 
1939
¾     Em dezembro, Adolf Eichmann assume o comando da seção IV B4 da Gestapo, a qual se dedica exclusivamente aos assuntos e evacuações de judeus.
¾     SS-Führer Himmler dá inicio às deportações de judeus polacos.
¾     Na guerra de inverno, Helsínquia é bombardeada pela aviação soviética, causando a morte de 80 pessoas.
¾     Na Finlândia ocupada, é proclamada a República Democrática da Finlândia, apoiada pelos soviéticos e chefiada pelo comunista finlandês Otto Kuusinen em Terijoki no Golfo da Finlândia. O governo de Kuusinen apela a todos os finlandeses para derrubar o opressor (ou seja, o governo em Helsínquia) e acolher os libertadores do Exército Vermelho. É assinado um tratado com a URSS no qual os soviéticos cedem tudo o que foi anteriormente exigido, em troca de toda a Karelia.
¾     Na União Soviética, a agência de notícias TASS afirma que na Finlândia, o povo já se revoltou em várias partes do país e proclamou a formação de uma república democrática. Parte dos soldados do exército da Finlândia apoiam já o novo governo.
¾     Em Helsínquia é reorganizado o legítimo governo finlandês. É formado um governo de coligação tendo como primeiro-ministro Risto Ryti e como ministro dos negócios estrangeiros Väinö Alfred Tanner.
1940
¾     Durante a noite de 1 para 2, a cidade de Bristol é bombardeada por 120 aviões, causando enormes estragos em áreas residenciais.
¾     Em Itália, é introduzido o racionamento para a farinha, arroz, esparguete e macarrão.
1941
¾     O imperador japonês Hirohito assina a declaração de guerra contra os Estados Unidos. 
1942
¾     Em dezembro, termina o extermínio no campo de Belzec após uma estimativa de 600.000 judeus assassinados. O campo é então desmontado, arado e plantado. 
1943
¾     Termina a Conferência de Teerão. Durante as reuniões, os norte-americanos parecem tentar distanciar-se dos britânicos. A decisão de invadir a Europa ocidental em maio de 1944 está confirmada. Os planos para uma invasão do sul da França também são acordados. Estaline promete entrar na guerra contra o Japão, uma vez que a Alemanha foi derrotada. Há rumores de que os alojamentos americanos foram alvo de escutas por agentes soviéticos.
1944
¾     Na Hungria, a sul de Budapeste, as forças soviéticas são sucessivamente travadas pelas forças alemãs.
¾     A guarnição alemã sediada na ilha de Creta abandona toda a área, à exceção das grandes cidades.

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