quinta-feira, 24 de março de 2011

Mais do mesmo

A minha amiga tem uma forma muito ligeira de definir as pessoas. Quanto ao Soares, que houve quem o apelidasse de Só Ares, afirmou com malandrice que ele estava muito assustado e que o Jorge Sampaio também. Perguntei-lhe também sobre o silêncio do Cavaco que o Dr. Soares tanto menospreza e respondeu prontamente, sem aprofundar, que o Cavaco não era falador.
E se mais não disse, foi porque são personagens que actualmente actuam mais nos bastidores, sobretudo se o Dr. Cavaco continuar com as suas boas maneiras, após ter ganho as presidenciais, na base de promessas de acção e de expressão da sua rectidão, e parece que, afinal, vai recolher à continuação do seu doce envolvimento com a família, em S. Bento, que a minha amiga prefere apelidar de S. Beto, embora aquele não tenha nenhuma culpa, acho eu.
Hoje o governo deverá cair, embora por pouco tempo, já que eles acusam os outros de porem a Nação em risco, se chumbarem o novo PEC, ocultando, maquiavelicamente, diria até que cinicamente, o risco permanente em que a Nação se encontra com o governo deles, de muitos PECs, que sempre se revelaram falsos, pois não permitem estabilidade e muito menos crescimento, como todos sabemos, apesar das badalações do PM a respeito dos seus êxitos e trabalhos governativos de muito bons resultados, e que nos deixam sempre esperançados, mau grado a dúvida que teima em se nos infiltrar no espírito perplexo.
O meu marido conta também dos buracos orçamentais que eles não apresentam, sonegando a verdade, e eu mais uma vez evoco as idas à “Europa”, por imposição europeia, do nosso PM, muito familiar e acenando de lá. Para cá, que absorvemos a sua boa presença com carinho, como se irá revelar nas próximas eleições.
Isto, dissemo-lo de manhã, à hora do café, e ao meio dia, à hora do almoço.
À tarde fomos escutando a Assembleia, com o PM ausentando-se discretamente, depois da exposição do seu Ministro das Finanças.
O PM, herói moderno, bem falante, acusador displicente, foi certamente tratar da sua próxima eleição, os seus camarilhas não o deixarão fugir, após a apresentação da sua demissão.
Que o PR não se atreveu a tomar ele a iniciativa de demitir o PM, apesar da severidade do seu discurso da própria posse.
E assim temos, bem à letra, que “le Roi est mort, vive le Roi”. O mesmo.

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